Eu só tenho 18 anos, mas tenho a impressão que já vivi mais do que muita gente de 40. Mesmo não tendo nem duas décadas de idade, eu olho meu passado e vejo que o quão matura eu fui em algumas ocasiões. Muitos não desconfiam da força que eu tive quando a minha mãe descobriu que tinha leucemia durante a sua última gravidez, e que isso foi passado para o meu irmão também, mas eu só tinha 5 anos e não entendia nada parente as pessoas, porém eu sentia um medo maior que o mundo. E a vez que meus pais entraram em crise e quase se separaram? Eu vi um pedaço do inferno dentro da minha casa. E quando meu tio foi internado e ficou lá até morrer levando consigo uma das pessoas que eu mais amava? E a depressão e o câncer da minha mãe que voltaram em decorrência a esta perda? E o nervosismo durante o ano do vestibular? Os amores e ilusões que eu sofri? E a paciência que eu exercitei dia após dia com pessoas que reclamam da vida mesmo não tendo problema nenhum? Pois é, eu só tenho 18 anos, mas já vivi -ou sofri, ou cresci, não sei- muito mais do que muitos por aí.
Mesmo tendo passado por momentos dos quais quero deixar bem no fundo do baú de memórias, eu agradeço pela vida que tenho, pelos tapas na cara que a vida já me deu e ainda há de me dar. Pois pra cada fracasso, cada tombo levado, eu levo comigo que um dia eu hei de sorrir e vencer. Este dia pode ser hoje, amanhã ou até mesmo daqui 10 anos, mas sei que este dia chegará, e é isso o que me mantem em pé, com ambições e um futuro idealizado em mente.
Então, aos meus tombos: Obrigada! Aos amigos e familiares que me deixaram quando eu mais precisava: Obrigada! Aos amores que me iludiram: Obrigada! A vida: Obrigada, obrigada, obrigada! Pois só crescemos quando levamos um 'não' e não recebendo tudo em nossas mãos.
